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Acredito que exista uma linha energética invisível aos olhos humanos distreinados, que se encaixa perfeitamente entre a dualidade de sentimentos antagônicos.
Entre a tristeza e a felicidade essa linha deve se estreitar ainda mais, escrevo a cerca de três anos e fora meu ego critico pessoal esteja atrasando a publicação de alguma obra, meus sentimentos estão ganhando a disputa pelo primeiro lugar nessa demora, talvez escritores que usem o coração passem o tempo todo pelo que estou passando, e talvez isso torne suas obras belas.
No entanto essa dualidade tem me colacado em um cercadinho para crianças, me sinto impotente diante de uma história quando estou triste, me sinto desencorajada, e mesmo assim persisto e escrevo, mas quando volta a euforia dos dias de alegria, quando abro a janela e o mundo me diz bom dia primeiro, releio o que foi escrito e tudo é rabiscado, volto nas linhas em que estava, e novamente começo. Decidi começar a escrever o corpo de um rabisco de romance que fiz a alguns dias atrás, quem sabe assim consigo revezar a escrita das obras. Vou tentar direcionar o sentimento do dia, para o titulo que acho que absorverá aquela enchurrada de lágrimas ou avalanche de otimismo da melhor forma, para quem for ler o livro futuramente não se sentir confuso.
Sentir e escrever, esse dom é dificil de se iniciar, mas depois de começar, é mais dificil ainda administrar.
Tentar romper essa linha tênue entre o estar assim e ficar o contrário exige muito trabalho mental e ajuda, ninguém escala uma montanha sozinho, precisa de alguém que faça sua segurança. Da mesma forma que ninguém transforma um sentimento sozinho.
Então é preciso saber fazer bom uso do que se tem nesse dia.
Eu vou lá, esvaziar esse poço de lágrimas em algumas palavras, afinal o importante para quem escreve, é sempre escrever...
Bianca Dias
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