segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Portal da Cor # Milton Nascimento

Oi pessoal!

Hoje é dia de "Grandes  Autores". Apreciem...



Bom dia, natureza
Pulmão da terra mãe
Portal da cor, futuro
Cada nascer do sol

Carinho, companheiro
É como se a paz
Cobrisse o mundo inteiro
Terra, água, fogo e ar

Quero o sabor, o som
Quero tocar, visão
cheiro de vida
E um mar de gerações

Procuro a resposta
Por que criar a dor?
Se quando estamos juntos
Temos sonho, força e amor

Gema da Criação
Herdeiro do Pintor
Dono do amanhã
Do sim, do não

Coragem, companheiro
Pra que fechar a voz
Se a força do desejo
Pulsa em cada um de nós

Grande beijo 
Bianca Dias

domingo, 8 de dezembro de 2013

Dicas para escritores iniciantes

Olá!

    Muitos leitores que dão uma espiadela nos meus posts, já se depararam com citações minhas fazendo referência ao meu interminável livro. 



Já cheguei a me sentir desanimada, pensando e remoendo meu estômago com "ácidos de nervosismo", imaginando que estou demorando demais, me criticando além do necessário, correndo atrás de informações e instruções que não valerão como reforço no recurso de conquistar a atenção do leitor com o mérito de lhe causar diferentes emoções. 

E enfim, hoje me deparo com uma blogueira que me tirou do pessimismo e me chacoalhou para um retorno mais minucioso e talvez mais demorado da conclusão da minha primeira obra.

                                                                       
    Cris Lasaitis, escritora e dona do blog Anatomia da vertigem, deixou para escritores iniciantes um guia de primeiros socorros para o escritor, nele fica claro sua paixão pela arte de escrever e ler, e sua doçura e generosidade ao deixar instruções, que certamente ajudarão muitos a desatar os emaranhados de nós que criamos em nossas criações literárias.

Vou colar um pedaço do guia aqui no blog e para quem tiver interesse nessa ferramenta de conhecimento, vou deixar o link para o blog dela.

O que é preciso para escrever um bom conto/ romance?

Essa é uma pergunta muito subjetiva. Subjetiva mesmo, pois não existem fórmulas infalíveis e não há regras sem exceções. Escrever bem demanda um pouco de feeling, talvez um pouco de intuição, mas principalmente senso crítico, habilidade e experiência.

É lógico que escrever um conto de 2 páginas é bem diferente de escrever um romance de 500, mas aqui não disponho de tempo nem espaço para me aprofundar nos diferentes formatos. 


dicas para escrever:


1) Planejar o seu texto.

Há escritores que são intuitivos e que gostam de trabalhar com infinitos graus de liberdade; começam a escrever um texto sem saber aonde ele irá levá-lo, e deixam a história conduzir os seus próprios movimentos (já disse que tem escritores que acreditam que a história tem vida própria?). 
Isso pode ser simples para escritores experientes ou quando se escreve narrativas curtas. Mas a ausência de um planejamento pode deixar o autor perdido em meio aos labirintos das narrativas mais longas e complexas. Fazer um roteiro do que irá escrever, listando os acontecimentos principais da história dentro de uma sequência lógica, é a melhor maneira de controlar a condução da narrativa. 

É recomendável que você planeje capítulo a capítulo se for escrever um romance; e que planeje a sequência cronológica dos fatos e a sequência narrativa se for escrever uma história com cronologia não-linear. 

Repito que planejar é uma forma de ter algum controle, pois durante a redação é comum os acontecimentos fugirem ao plano, novas ideias surgirem gerando desvios na história, e até mesmo um final inesperado se impor antes do desfecho previsto.


2) Pense em gêneros literários.

Nunca cheguei a indagar outros escritores se eles pensam em gênero literário na hora de escrever. Não digo que você é obrigado a decidir-se por um gênero ou outro, a maioria dos autores conduzem suas histórias de forma intuitiva. Mas conhecer os gêneros literários é algo que pode ajudá-lo a compreender melhor o que você quer da sua história


 É mais uma forma de nortear a construção da narrativa e pode poupá-lo da dor de cabeça de se perder durante a escrita, começando uma história que parece comédia, depois fica com cara de melodrama e acaba como tragédia, só para citar um exemplo esdrúxulo.


Existem muitas noções falsas a respeito de gêneros e subgêneros literários. Para todos os efeitos, épico não é o mesmo que história de batalhas medievais, comédias não são necessariamente engraçadas, tragédias não são histórias que terminam em morte e melodrama não é sinônimo de novela mexicana açucarada. 

Deixei-o mais confuso? Por enquanto ficarei devendo uma elucidação desses pontos, mas pensarei em acrescentar um capítulo sobre isso futuramente neste guia. Por hora, meu conselho é que você seja curioso e pesquise sobre os gêneros lírico, épico e dramático, e os seus subgêneros. Eles nos oferecem inúmeros elementos para compor narrativas, e conhecê-los é a melhor forma de você se servir de todo o espectro de variações possíveis dentro da literatura e se sentir mais confiante para escrever, ainda que dentro de estruturas que não lhe pareçam convencionais.


3) Crie conflitos e explore a tensão emocional.

Para os mais ortodoxos, história sem conflito não é história, é só um “causo”. É comum crônicas serem desprovidas de conflito; por outro lado, contos, novelas e romances demandam complicações e resolução de problemas. Quando falo em conflito, note que não precisa ser nenhuma guerra declarada, o conflito pode ser sutil: um dilema, uma busca, um problema que demanda atitudes e ações do personagem. O papel do conflito é conferir tensão emocional à trama, e sabendo explorar a tensão você poderá tornar a sua história especialmente emocionante para o leitor. Existe uma curva clássica de tensão que você pode facilmente identificar em quase todas as narrativas da nossa cultura corrente (em contos, romances, lendas, filmes, peças…), e ela tem este perfil:





A história se inicia em uma situação basal (as coisas como são de costume), surge o fator complicador eliciando o agravamento da situação, o que gera um aumento gradual da tensão até o momento do clímax. No clímax há a resolução do problema (que pode ser também um fracasso), o relaxamento da tensão e, por fim, a conclusão.

Esse esquema é mais uma média do que uma regra. Em algumas narrativas mais longas essa curva não é necessariamente lisa, mas composta por vários picos de tensão. Também nada impede o autor de encerrar a narrativa no clímax, deixando-a sem resolução, ou, se preferir, de explorar uma conclusão excepcionalmente longa, com final e epílogo.


O que você deve saber é como extrair o máximo de tensão emocional a partir dos conflitos. Pensar conscientemente nessa curva de tensão poderá ajudá-lo muito na hora de escrever uma história emocionante.


4) Acerte o ritmo.

É preciso saber conduzir o leitor sem entediá-lo com um texto arrastado demais, nem deixá-lo insatisfeito com uma “ejaculação precoce”. Não é fácil descobrir qual a medida certa de contar a sua história. Se estiver escrevendo um conto, não há espaço para minúcias e prolixidades (ou encheção de linguiça). 


A narrativa do conto deve ser dinâmica, objetiva, todas as informações devem ser funcionais, e tudo o que for excessivo, redundante e desnecessário deve ser cortado. Isso não quer dizer que o conto dispensa descrições, aprofundamento psicológico e caracterizações – como eu disse, num conto todas as informações devem ter função; devem servir para ambientar o leitor e fornecer-lhe dados essenciais para que consiga acompanhar a narração sem problemas.

Já nos romances há bastante espaço para o detalhamento. É esperado que o romance tenha uma barriga, uma determinada quantidade de gordura textual que serve para enriquecer os entornos da trama, criar uma
ambientação rica, gerar pausas e respiros em que é possível a convivência do leitor com os personagens, potencializando o envolvimento emocional e a aproximação empática.


 No entanto, a ideia de que se dispõe de espaço de sobra pode ser também traiçoeira: ao querer engrossar o livro, o autor pode incorrer no erro de produzir texto demais para conteúdo de menos, e aí não há salvação; o romance ficará arrastado e o leitor terá a sensação de que o escritor está tentando enrolá-lo.

Procure usar o espaço disponível a seu favor. Escreva tudo o que lhe vier à mente, mas ao final do texto não deixe de reler e de
cortar tudo o que for excessivo e comprometer a fluidez da leitura.


5) Seja original.

Você não quer que sua obra seja mais do mesmo e o seu leitor espera que você lhe dê o gostinho de algo novo. Pode ser uma história com elementos improváveis, personagens inusitados, um ponto de vista diferente, uma premissa curiosa, uma nova forma de se contar histórias… Para ser original às vezes é necessário explorar os recônditos mais ocultos da imaginação, é preciso andar na contramão, ser meio louco e meio criança, não economizar na ousadia. 


Ser inventivo é fundamental em qualquer departamento da arte, mas isso não basta. Você só saberá o quanto pode ser original conhecendo o gênero literário em que escreve. Hein? Repito: você só terá uma medida da sua originalidade conhecendo as obras que já foram publicadas no gênero literário em que você escreve. 

Isso significa que você deve ler e pesquisar muito a fim de saber exatamente o que fazer para fazer diferente.

Você é livre para fazer menções e homenagens através da literatura, citando autores e obras que gosta. Apenas, de maneira nenhuma, incorra no plágio! Não queira se apropriar de personagens, lugares fictícios, invenções, ou ideias que não são suas. Vai ser muito feio se o seu leitor achar que você copiou uma ideia. Então, se for copiar, pelo menos disfarce direito!


Ser original também significa evitar ao máximo os clichês. O que é um clichê? É uma ideia que já foi tão usada que ficou gasta, e a gente usa sem pensar. Por exemplo: o herói bonitão e perfeito que vai resgatar a mocinha indefesa, que foi sequestrada pelo vilão mau e feio – quantas vezes você já viu essa história?


Apenas afiando o senso crítico o autor ganha um bom detector de clichês. Mas na ausência de um, fica a dica: tudo o que lhe parecer convencional demais provavelmente é clichê.


6) Seja verossímil.

Ser verossímil é ser convincente, é oferecer dados que conferem plausibilidade a uma ficção, é oferecer evidências capazes de tornar coerente até o fato mais louco. Você deve sempre buscar essa qualidade, e a razão é muito simples: quanto melhor formos convencidos, mais somos seduzidos por uma história. Trabalhar com a verossimilhança é, de certo modo, explorar essa falha de processamento que faz com que o cérebro não saiba distinguir bem ficção de realidade (razão pela qual acreditamos em religiões, lendas, mitos, seres sobrenaturais, etc.).


Há autores que acham que dentro da ficção científica e da fantasia tudo é possível, então não se dão ao trabalho de sustentar suas histórias dentro de uma lógica. Esse é um grande erro! Na verdade, trabalhar com a verossimilhança de universos fantásticos exige especial cuidado. Um autor que queira escrever uma ficção científica verossímil deve fundamentar sua história com conhecimento científico (ainda que seja uma ciência inventada por ele!). 


Do mesmo modo, um universo de fantasia convincente deve ter consistência interna e funcionar dentro de leis pré-estabelecidas (ainda que essas leis sejam completamente inventadas!), tomando-se o cuidado de não criar contradições.
Para quem quiser entender mais sobre a arte de enganar o leitor, recomendo fortemente ler os contos daquele que considero o mestre da verossimilhança fantástica: o escritor argentino Jorge Luis Borges.


7) Pesquise!

Por favor, escreva sobre coisas das quais você entende bem, não se aventure a afirmar sobre o que você não tem certeza. Escrever um livro demanda uma vasta pesquisa, mesmo se for um livro de ficção. 


Há um grande espaço para você exercitar a sua criatividade, naturalmente, mas mesmo uma obra fantástica não sairá integralmente da sua imaginação, você se baseará em algumas informações do mundo real – dados científicos, dados históricos, tecnologias, elementos mitológicos, elementos culturais, citações de outras obras literárias, etc. 

Lembre-se que o leitor é um bicho muito exigente, ele vai notar se você der um deslize, então não tente enrolá-lo sob nenhuma circunstância.


8) Crie personagens interessantes.

Saber criar personagens cativantes é meio caminho para conquistar o leitor. Podemos dividir os personagens em duas categorias geométricas: os planos e os esféricos.


Personagens planos são superficiais, e não são necessariamente piores do que os complexos, desde que tenham uma função a desempenhar dentro de uma história onde o foco são as ações, os acontecimentos, e não esses personagens. 


É comum personagens planos serem estereotípicos – o cientista maluco, a sogra infernal, a empregada gostosa, o gay efeminado e o milionário excêntrico são alguns exemplos de estereótipos –, mas há que se ter cuidado com esses perfis genéricos, pois costumam ser ofensivos. Personagens planos carregam a cruz de serem sempre o que são; podem até se redimir, mas não mudam. Não costumam ser bons protagonistas, e o leitor pode ficar enfastiado por serem óbvios e previsíveis.

Personagens esféricos (ou tridimensionais) têm profundidade psicológica, introspecção, defeitos e virtudes, questionamentos e revoltas, manias e idiossincrasias; são personagens parecidos conosco e, em virtude disso, potencialmente carismáticos e úteis para criar empatia com o leitor. Personagens esféricos costumam ir além do herói perfeito e do vilão perverso, coloque aí protagonistas e antagonistas que não são classificáveis dentro do modelo maniqueísta convencional; variados anti-heróis, vilões doces, duplas personalidades, personagens moralmente ambíguos, instáveis, mutáveis, imprevisíveis…


Os personagens podem tanto ser o “prato principal” de uma trama, como serem meras testemunhas do desenrolar dos acontecimentos. O teor da trama definirá a demanda dos personagens. E não se esqueça de que há histórias que admitem como personagens animais, objetos e até lugares.


Regra de ouro: todo personagem deve ter um papel dentro da trama. Se um personagem ficar sem função, é sinal de que ele está sobrando e deve ser cortado.


9) Cuide da linguagem.

É uma pena que a linguagem seja tão negligenciada pelos escritores que fazem literatura de entretenimento. Conheço muitos que se limitam a narrar a sequência de acontecimentos sem se preocupar em nenhum momento com o efeito das palavras. Para fazer uma comparação, são como desenhistas que só se preocupam com os contornos, ignorando completamente a ideia de pintar os desenhos. Uma obra literária sem trabalho de linguagem fica assim: daltônica, sem cor, carente de toda uma dimensão de qualidades.


Ao trabalhar com a linguagem, o autor está preocupando em usar todos os recursos expressivos da língua (fonéticos, morfológicos e sintáticos) para provocar sensações no íntimo do leitor. É uma forma dar personalidade à escrita, conjugando beleza e funcionalidade. Você pode escrever prosa poética, pode explorar o universo de coloquialismos da literatura regionalista, as gírias da literatura marginal, pode criar um linguajar inteiramente novo, sintonizar-se com um espírito de época ou rompê-lo intencionalmente. Escolhendo as palavras adequadas, você pode narrar na voz de um caipira, de um menino de rua, de um robô, de um homem das cavernas, de um poeta, de uma criança…


É difícil falar em linguagem sem citar exemplos, e como não disponho de espaço para isso, as melhores dicas que posso dar é: 



  •  estude figuras de linguagem e pontuação
  •  leia! Leia prosadores e poetas de todos os períodos literários, e leia autores clássicos e contemporâneos conhecidos pelo seu trabalho de linguagem.


    Aproveitem as dicas e bons textos à todos...
    Grande beijo
    Bianca Dias
   

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Música para escritores...

Olá pessoal!

    Várias vezes já expressei aqui no blog, minhas inspirações para escrever.
    Uma delas é a música, por isso resolvi deixar para vocês um dos meus vídeos favoritos.


                              Piano Guys/ Perfeição sonora
    
Escutem de olhos abertos e depois de olhos fechados com a  mente aberta, com certeza irão sentir algo brotar, algo que vai ser único, pois vai fincar raízes no seu coração...

Boa noite a todos
Bianca Dias...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um segundo para lembrar...

Olá pessoal!

    Já perceberam como são importantes as nossas lembranças? Principalmente as mais antigas!



   Às vezes essas lembranças passam como um filme na nossa mente, causam uma junção de sentimentos bons, que explodem muitas vezes, em lágrimas.
    Lembramos dos amigos inocentes, do mundo sem falsidade.
    Lembramos dos pés descalços na areia da praia, do sono no colo da mãe.
    Lembramos das brincadeiras de rua, do pai tocando violão na varanda.
    E a melhor lembrança que tenho, são das histórias contadas pela minha mãe e irmã. As duas estavam sempre lendo para mim, e isso se registrou na minha mente de uma maneira sadia e saudosa.
    Lembro de mim, pequena e ainda sem frequentar a escola, correndo o dedinho nas letras como se eu estivesse lendo sozinha, eu pedia enlouquecida para minha irmã me ensinar a ler e com paciência, ela e minha mãe desenvolveram esse dom em mim antes do processo de alfabetização escolar.
    Gostei tanto, que com o passar dos anos, me tornei uma aluna apaixonada por redigir textos.
    Imagino que muitas lembranças boas tiveram registro marcante nas decisões do futuro de muitos de nós. Um bicho de estimação inesquecível, pode ter transformado alguém em um magnifico veterinário...
Uma brincadeira apaixonante de lego, pode ter nos dado hoje ótimos engenheiros.
    Enfim, minhas letras me renderam o inicio de um hobby que me da imenso prazer, escrever, escrever, escrever e ler, ler e reler.
    Nunca abandone suas lembranças e quando a vida lhe parecer sem graça e vazia, entre na sua mente e vasculhe seu baú, com certeza lá estará a sua espera um desejo de ser, que certamente lhe incentivará a se mexer e transformar a preguiça em fogo e explosão.

Um grande beijo
Bianca Dias

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Meu mundo de Fantasias...

Olá!

    O Que é ficção fantasia?
   
imagem da internet / meu mundo de ficção fantasia
   
    Vejo muitas explicações acerca do tema ficção fantasia. Na internet uma chuva de textos se espalham dando explicações racionais sobre o assunto e por isso decidi fazer este post.
    Meu primeiro Livro, que ainda está em fase de construção e correção, é inserido no gênero ficção fantasia. Por escrevê-lo me sinto confiante em dizer.
    Ficção Fantasia não se explica...
    Porque ela surge, simplesmente do nada e se você não a sente naquele momento latejando com um desejo pulsante de existir, pro nada ela volta. Se houvesse explicação qualquer um poderia escrever uma história de Fantasia, e, a verdade é que poucos se atrevem a fazê-lo.
    Porque fantasia é vida, desejo, medo, morte, transformação, querer, conseguir, perder, vencer, gota, imensidão, árvore, respiração, sons, pedra, terra, areia, asas, pernas, braços, luzes e tantas infinitas coisas, só que tudo misturado de maneira magicamente inexplicável, capaz de transformar uma simples folha caindo de uma árvore, no primeiro voô de soprofolha de Elesin, um elfo pequenino com cabelos cor de pitanga e nariz arredondado como uma avelã.
    Fantasia transforma um sorriso em arrepio, dilata as veias e causa taquicardia no leitor, faz ele viajar em guerras como se bramisse uma espada à frente de um exército rumo a vitória.
    Então Caros! Não expliquem a fantasia. Vivam, sintam e a agarrem, antes que ela volte pro nada de onde veio.
imagem da internet/ fadas
imagem da internet/ ficção fantasia
Um grande beijo à todos
Bianca Dias

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Chegaram os livros itau 2013

Olá a todos!


    Eu já havia mencionado em outro post que estava a espera dos livros infantis escolhidos pelo ITAU, para a campanha 2013 Leia para uma criança. Demorou mas chegou, com uma expectativa explosiva, abri o envelope laranja e lá estavam nossos dois novos exemplares, meus filhos pararam até de brincar para escutar as novas histórias. Como eu também gosto de escrever histórias infantis, abri uma exceção ao horário de leitura aqui em casa, que normalmente é a noite. 
    Já posso dizer que o ganhador de melhor capa é o Livro de Ana Terra.
_ Mãe! leia o do jacaré de chapéu primeiro.
    A história não deixou a desejar para a capa, a rima é suave e brincalhona, meus pequenos foram desvendando a fome do jacaré já no meio da leitura.
_ A hora que ele sarar ele vai comer os esquilos.
    Como boa escritora, boa mãe e boa contadora de histórias, dei ênfase para cada ai do jacaré e para cada solução que aparecia. Eles adoram e participam muito, principalmente quando engrosso a voz para as falas do jacaré e afino para as dos animais menores que vão surgindo ao longo da rima.
     Adorei a ilustração, deu pra perceber que o original se tratava de recortes em feltro, super criativo.
    Parabéns Ana, conquistou seu público pequenino...
   
imagem da internet/ itau 2013
     O mundo inteiro já um pouco mais romanceado, tem conteudo bem informativo, aguça as crianças a perguntarem o que são as coisas que elas não conhecem ao longo da história.
    A ilustração me fez lembrar desenhos de aquarela, e vão descrevendo a rima em imagens, é uma ilustração mais tradicional.
    A autora foi genial ao mostrar como em apenas um dia, cabe o mundo inteiro, porque nós somos tudo e nós somos o mundo inteiro.

    Para quem não solicitou, vale a pena entrar no site e pedir, ou então pegue emprestado com alguém, afinal de contas, livro com vida é aquele que circula e não o que enfeita estantes...
    Parabéns a equipe do ITAU, responsável pela escolha dos livros.
    Quem sabe um dia não seja um dos meus a chegar na sua casa rsrs...

Grande Beijo
Bianca Dias

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A benção mestre Vinicius de Moraes...

Olá pessoal! Tem alguém ai sentindo...

Samba da Benção
 

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não
Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Sinhô, a benção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceiro cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá! A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração.


Sem palavras, só arrepio na alma e na pele
A benção, mestre Vinicius...
Bianca Dias

domingo, 24 de novembro de 2013

Nova Ortografia da Língua Portuguesa

Olá!

    Vou deixar uma lista com as mudanças ortográficas na lingua portuguesa, apesar de ja fazer um tempo que ocorreu a correção, ainda me pego em dúvida sobre acentuação e hifen, então decidi deixar a lista aqui no blog, assim fica fácil para eu sanar minhas dúvidas e espero que ajude quem também precisa de um guia de consulta rápida.
imagem do google/ nova ortografia na lingua portuguesa



sábado, 23 de novembro de 2013

Chorando com Cecilia...

Olá!
Para os amantes de Cecilia...
imagem da internet /Cecilia meireles/ despedida


Despedida Cecilia Meireles

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.

um grande beijo encharcado em lágrimas
Bianca Dias

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Projetos de leitura e escrita.

Oi pessoal!
Passei o dia inventando histórias com meu filho...
imagem da internet/ escreverlerviver

    Hoje recebi da escolinha do João Danyel, meu filho de cinco anos, um projeto bem interessante. Um mini livro com o início de uma historinha que ele começou a escrever junto com a professora na escola. O projeto pede para que nós pais terminemos junto com ele a história.
    Gostei dessa proposta, eu e o João nos divertimos muito, ele foi dando asas a sua imaginação e contando o resto da história, eu ia inserindo sugestões para que a historinha também tivesse um pouco de conteudo educativo. No fim, fui ditando as letrinhas para ele mesmo escrever a mão no livrinho e o resultado é que faltaram páginas pra tanta criatividade.
     O que mais me emocionou nesse trabalho escolar de mãe e filho foi a frase final que escutei.
_ Mãe! Agora sou escritor igual você. 
Owwwnnn! É para derreter o coração de qualquer mãe.
Parabéns a Escola pelo projeto, incentivar a imaginação deles a produzirem histórias, é uma vitória para a literatura, que certamente terá no futuro belos contistas.
     Aproveitem essa idéia e mergulhem com seus filhos na invenção de alguma historinha...
    Vou deixar o inicio de uma aqui no blog e quem quiser pode terminar ela e escrever o resultado nos comentários. Lembrem-se, que para crianças, bicho pode falar, árvore pode andar, peixe pode voar e tudo o mais que eles quiserem, então meu conselho para se criar uma história incrível, é, voltem a ser crianças.
    Minha historinha com o João Danyel foi sobre o saci, lembramos até das musiquinhas do moleque levado nas histórias da vovó enquanto escreviamos uma aventura novinha para ele.

Sugestão de inicio de história... Boa brincadeira de escrever...
Havia naquela tarde uma brisa forte, que hora virava vento e depois teimava em ser ventania. O sol batia na janela como se tivesse  mãos, a me convidar para enfeitar o céu. Isso mesmo, ele sorria para mim e seu sorriso me pedia uma única alegria.
_Venha Paulinho! Venha empinar pipa.
Terminei minha lição de casa e desci rápido para a garagem. Lá estava meu pai a cantarolar, músicas que não conheço, mas que gosto de ouvir. Ele ia de um lado a outro do quintal, parecendo estar procurando algo importante.


    Pronto! Agora esta história é sua.
    Termine, de um título e se quiser pode ilustrar.Vamos ver nossa imaginação girar...
    E história é assim mesmo, entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte...RS
Grande beijo
Bianca Dias.
Grande

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Livros na estante / Sentimentos do Escritor.

Olá!
imagem da internet / escreverlerviver


    Não consigo deixar de me surpreender, quando vou a casa de algum amigo e encontro aquela biblioteca invejável, ocupando não só uma estante inteira, mas uma parede forrada delas e cheia de exemplares diversos.
     Porém logo me entristeço, quando percebo que tudo aquilo não passa de mera decoração. Ora!Desde quando ter livros esparramados pela casa, sem ter lido nenhum, torna a pessoa culta.
    A frase que escutei foi como uma martelada no meu cérebro. " Ter livros causa uma boa impressão, mas não gosto de ler".
    Os livros causam uma boa impressão, concordo, eles causam essa boa impressão para eles mesmos, pois é lindo ver e sentir a união de tantas idéias, expostas e de fácil acesso, para o dono do livro, a boa impressão só vai ser notada, se ele souber algo sobre aqueles livros, seus autores, suas histórias, suas edições, se ganharam prêmios...
    Conversando com o dono da preciosa parede de estantes, forradas de livros que nunca foram lidos, perguntei se ele emprestava para os amigos, já que haviam muitos itens científicos entre sua coleção.
    Outra pancada! "A maioria já esta desatualizada, nem vale a pena ler".
    Conhecimento nunca está desatualizado, ele é sempre renovado. Por exemplo, se eu citar em um TCC, que a teoria de seja lá o que for era vista nos anos (....) como blá, blá e com o avanço da tecnologia pode-se perceber que a estrutura do átomo blá, blá,blá. Estarei dando vida a essa edição, erradamente chamada de desatualizada, pois eu só poderia ter o registro comparativo da evolução de qualquer fato graças a existência dessas antigas preciosidades.
    Para mim livro não é decoração, é conhecimento, sentimento, fatos, drama, politica, morte, revolução...
    Não deixem seus exemplares morrerem nas estantes, leiam e depois releiam e depois emprestem. Livros foram feitos para serem lidos e para trasmitirem mais que boa impressão.
    Circulem seus livros, se forem um pouquinho ciumentos como eu, vou dar duas idéias, criem uma planilha de empréstimos em seu telefone. Fica fácil saber aonde está aquele ou outro livro. Também da para se criar capas duras móveis, que podem ser colodas nos livros na hora de emprestar, isso garante parte da integridade fisica do seu estimado livro.
imagem da internet/ escreverlerviver
    Não se esqueçam, livros tem vida! Livros dão vida...

Boa Leitura a todos!
Bianca Dias

sábado, 9 de novembro de 2013

Alice Munro, ganhadora do nobel de literatura

Oi pessoal!

    Fiquei devendo uma postagem sobre a ganhadora do prêmio Nobel de literatura.
    Então vamos lá!

    Alice Munro, escritora dedicada a contos comteporâneos, que em sua grande maioria tratam de assuntos do cotidiano das pessoas e conflitos interpessoais, recebeu no dia 10/10/2013 o prêmio Nobel de literatura. Nascida em 1931, Munro é considerada uma das maiores contistas da actualidade e acaba de entrar para o pequeno grupo de escritoras que já receberam o prêmio.
    Entre suas obras posso citar "O amor de uma boa mulher", "Felicidade demais", "Fugitiva", entre outros que nem chegaram a ser publicados no Brasil. Agora ela encerra "Querida vida". Obra autbiográfica que será lançada pela Companhia das letras em novembro.
    Parabéns pelo prêmio! Não há nada mais desejado do que o reconhecimento quando se escreve com dedicação como fez Alice.
imagem da folha de São Paulo/ escreverlerviver
     Quem quiser conferir alguns trechos de seus contos pode acessar o link http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2013/10/1354485-conheca-obras-de-alice-munro-a-nova-nobel-de-literatura.shtml, e conferir o que a Folha falou sobre a Escritora.
    

Até breve!
Bianca Dias
     

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Viciada em Vinicius



 Mais uma coleção de palavras de Vinicius de Moraes...
imagem da internet
Soneto do amigo
 
Vinicius de Moraes
 
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Dedico a todos os meus amigos, que estão sempre aqui, perto ou longe, mas sempre aqui na minha mente. Fazendo parte da construção do que me tornei e do que ainda chegarei a ser.
Obrigada por existirem, não importa em que momento da minha vida, mas por quererem estar ali comigo.
Bianca Dias

Amor, Medo de amar, Vinícius de Moraes...

Olá a todos!

    Quando o sentimento que dilata tua alma, se apresentar em forma de lágrima, num dia onde o tempo te afasta da realidade e te lança num breu iluminado apenas pela sombra do que sente doer sem saber porque...

    Acredite! Isso é o amor...

Bianca Dias
imagem da internet
    Para todos que sentem como eu, nada melhor que um pouco de Vinícius de Moraes. Para aqueles que sentem o amor na vida, na alma, no ar, ao lado e acima. Para aqueles que amam as letras em forma de rima, de prosa ou poesia. Para aqueles que simplesmente ...

Digo, nunca tenha...

 Medo de amar

Vinicius de Moraes

O céu está parado,
 não conta nenhum segredo 
 A estrada está parada, 
não leva a nenhum lugar
 A areia do tempo
 escorre de entre meus dedos
 Ai que medo de amar! 
 O sol põe em relevo
 todas as coisas que não pensam
 Entre elas e eu,
 que imenso abismo secular...
 As pessoas passam, 
não ouvem os gritos do meu silêncio 
 Ai que medo de amar! 
 Uma mulher me olha,
 em seu olhar há tanto enlevo
 Tanta promessa de amor,
 tanto carinho para dar
 Eu me ponho a soluçar por dentro,
 meu rosto está seco 
 Ai que medo de amar!
 Dão-me uma rosa,
 aspiro fundo em seu recesso 
E parto a cantar canções,
 sou um patético jogral 
Mas viver me dói tanto!
 e eu hesito, estremeço... 
 Ai que medo de amar! 
  E assim me encontro: 
entro em crepúsculo, entardeço
 Sou como a última sombra
 se estendendo sobre o mar 
 Ah, amor, meu tormento!... 
como por ti padeço...
 Ai que medo de amar!

Obrigada por sua genialidade, que transborda em sentir, pensar e chorar
querido mestre
querido poetinha... 

AME SEM PENSAR .
AME A GRAMA VERDE
OU AS CONCHAS DO MAR.
UM GRANDE BEIJO A TODOS.
BIANCA DIAS